As chuvas ocorridas neste mês de maio na região Nordeste foram intensas e afetaram mais de 1,2 milhão de pessoas, segundo dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM). A maior parte das vítimas foi registrada em Pernambuco, onde deslizamentos e alagamentos causados pela chuva deixaram ao menos 91 mortos e 26 desaparecidos, de acordo com a BBC News Brasil. Outros estados que também sofreram com os efeitos das chuvas foram Bahia, Maranhão e Ceará, conforme o portal Climatempo. A previsão é que a chuva continue acima da média em algumas áreas do Nordeste até o final do outono que termina no dia 21 de junho.
E O QUE ACONTECEU EM MAIO?
O mês de maio foi marcado por chuvas intensas e frequentes na Região Nordeste, especialmente na faixa leste. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o acumulado de chuva nos últimos 30 dias superou a média histórica em vários estados, como Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe. No Rio Grande do Norte, o destaque foi para a capital Natal, que registrou 472 mm de chuva em maio, o maior valor desde 1998. Essa chuva trouxe benefícios para a recarga dos reservatórios, mas também causou transtornos como alagamentos, deslizamentos e desabamentos.
A causa dessa chuva foi a atuação de sistemas meteorológicos típicos da estação, como a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e os Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL), que favoreceram a formação de nuvens carregadas sobre a região. Além disso, a temperatura da superfície do mar no Atlântico Sul estava mais elevada do que o normal, o que contribuiu para aumentar a umidade e a instabilidade atmosférica.
ACUMULADO PARA 5 DIAS
Para os próximos 5 dias não há muita novidade atuando no Nordeste, haverá predominância dos Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL) atuando no litoral central do Nordeste. As águas do Oceano Atlântico Sul está aquecido próximo ao litoral, favorecendo a formação de chuvas isoladas até de grande intensidade.
E O TRIMESTRE JUN-JUL-AGO?
A tendência para os próximos meses é de que a chuva diminua na Região Nordeste, conforme o avanço do inverno no Hemisfério Sul. A previsão do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) indica que a precipitação ficará na média no leste do Nordeste entre junho e agosto. No entanto, ainda podem ocorrer eventos isolados de chuva forte, principalmente no litoral.