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TEMPO E CLIMA

CHUVAS EM 2025

O Nordeste brasileiro é uma das regiões mais marcantes do país, com sua diversidade cultural, econômica e, claro, climática. O clima na região varia bastante, com uma forte presença de períodos secos, especialmente no interior, e chuvas que têm grande impacto na agricultura, abastecimento de água e até no turismo. Em 2025, as expectativas de chuvas para a região ainda são um tema que gera muitas dúvidas, principalmente porque a irregularidade climática já é um fator constante na vida dos nordestinos.

De acordo com o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS), a expectativa é de que as chuvas fiquem abaixo da média na porção norte da região. Esse prognóstico é preocupante, pois a pré-estação chuvosa, que ocorre entre dezembro e janeiro, pode não trazer o alívio esperado após um período de calor recorde.

A seca-relâmpago, um fenômeno climático extremo de curta duração, tem se tornado mais comum devido às mudanças climáticas. Caracterizada por baixa precipitação e aumento da evaporação, essa condição resseca rapidamente os solos, agravando a situação de estiagem. Além disso, a previsão aponta para um Atlântico Norte mais quente e um Atlântico Sul mais frio, condições desfavoráveis para as chuvas na região.

PANORAMA ATUAL

As previsões para as chuvas no Rio Grande do Norte (RN) em 2025 indicam uma probabilidade significativa de condições abaixo da média, influenciadas por fatores climáticos como o El Niño e o comportamento das temperaturas no Atlântico. O Atlântico Norte mais quente, em contraste com o Atlântico Sul mais frio, tende a desviar a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) para o Hemisfério Norte, reduzindo a ocorrência de chuvas na região Nordeste, incluindo o RN. Este padrão já foi observado em anos recentes e pode impactar a estação chuvosa no primeiro semestre de 2025.

Embora exista uma pequena possibilidade de chuvas dentro da normalidade, o cenário mais provável é de anomalias negativas de precipitação. Isso pode dificultar a recarga de reservatórios e o planejamento agrícola, especialmente em regiões que dependem das chuvas para suas atividades econômicas​.

Previsão de precipitação trimestral para os meses de Março-Abril-Maio de 2025. Fonte: TropicalTidBits.
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ARTIGO TEMPO E CLIMA

CINZEIRO NO CÉU

Recentemente, o país vive um caos com vários focos de queimadas pelo país. Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma crise ambiental significativa devido ao aumento alarmante das queimadas. Em agosto de 2024, o país registrou quase 70 mil focos de incêndio, um aumento de 144% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este é o pior mês de agosto desde 2010.

Concentração de monóxido de carbono nesta terça-feira, 03/09/2024. Fonte: Windy

As queimadas têm afetado diversas regiões do país, com destaque para a Amazônia e o Cerrado, que juntos representam a maior parte dos focos de incêndio. O Mato Grosso lidera o ranking dos estados mais afetados, seguido pelo Pará e Amazonas.

Especialistas apontam que a combinação de fatores climáticos, como a seca prolongada e o fenômeno El Niño, juntamente com a ação humana, tem contribuído para a intensificação dos incêndios. A prática de desmatamento e o uso do fogo para limpeza de terrenos são algumas das principais causas.

O impacto das queimadas vai além da destruição da vegetação. A fumaça resultante dos incêndios tem afetado a qualidade do ar em várias cidades, causando problemas respiratórios na população e aumentando a pressão sobre os sistemas de saúde locais..

A situação exige uma resposta urgente e coordenada das autoridades e da sociedade. Medidas de prevenção, fiscalização e conscientização são essenciais para mitigar os danos e proteger os ecossistemas brasileiros. A preservação do meio ambiente é crucial não apenas para a biodiversidade, mas também para o bem-estar das futuras gerações.

A crise das queimadas no Brasil é um lembrete contundente da necessidade de ações imediatas e eficazes para enfrentar os desafios ambientais que ameaçam o nosso planeta.

CINZEIRO

Céu cinzento no estado do Ceará devido às queimadas. Fonte: Diário do Nordeste

Um dos fenômenos mais visíveis e preocupantes das queimadas é o chamado “cinzeiro no céu”. Este termo se refere à densa camada de fumaça que cobre o céu, tornando-o cinzento e obscurecendo a luz solar. Em algumas regiões, a visibilidade é tão reduzida que parece estar constantemente nublado, mesmo em dias ensolarados.

A fumaça das queimadas contém partículas finas e gases tóxicos que podem viajar grandes distâncias, afetando áreas urbanas e rurais. Além dos problemas respiratórios, a exposição prolongada a essa poluição pode agravar doenças cardiovasculares e pulmonares.

A situação exige uma resposta urgente e coordenada das autoridades e da sociedade. Medidas de prevenção, fiscalização e conscientização são essenciais para mitigar os danos e proteger os ecossistemas brasileiros. A preservação do meio ambiente é crucial não apenas para a biodiversidade, mas também para o bem-estar das futuras gerações.

A crise das queimadas no Brasil é um lembrete contundente da necessidade de ações imediatas e eficazes para enfrentar os desafios ambientais que ameaçam o nosso planeta.

LEITURA COMPLEMENTAR:

https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2024/09/03/com-quase-70-mil-focos-de-queimadas-registrados-brasil-teve-o-pior-mes-de-agosto-desde-2010.html

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/05/02/entenda-por-que-o-brasil-registrou-uma-taxa-inedita-de-queimadas-neste-1o-quadrimestre-do-ano.ghtml

 

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TEMPO E CLIMA

MARÇO: CHOVERÁ MUITO?

Mês de março chegou e estamos no “inverno” na região Nordeste. Será que o “inverno” será bom? Analisando os modelos numéricos, o Rio Grande do Norte estará “abençoado” com pluviometria acima da média.

Total acumulado de 01/03/2024 até 05/03/2024 de acordo com o modelo europeu ECMWF. Fonte: Tropicaltidbits

Durante o mês de março, a zona de convergência intertropical estará atuando fortemente ao norte do Nordeste. No fim do mês, a ZCIT começará a migrar para o hemisfério norte diminuindo as precipitações na região. Já entre os meses de abril e maio, as ondas de leste começarão a banhar o litoral leste do Nordeste trazendo muitas chuvas.

Anomalia na precipitação acumulada para o mês de março de 2024. Fonte: Tropicaltidbits
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TEMPO E CLIMA

AS CONSEQUÊNCIAS DE SAIR DE UM EL-NINO FORTE DIRETO PARA UMA LA-NINA FORTE

O El-Niño e a La Niña são fenômenos climáticos naturais que ocorrem no Pacífico Equatorial. O El-Niño é caracterizado por temperaturas acima do normal na superfície do mar na região, enquanto a La Niña é caracterizada por temperaturas abaixo do normal.

Quando um El-Niño forte é seguido por uma La Niña forte, as consequências podem ser significativas. Isso ocorre porque os dois fenômenos têm efeitos opostos no clima global.

EFEITOS DO EL-NINO

O El-Niño geralmente causa:

  • Aumento das temperaturas globais
  • Chuvas mais intensas em partes das regiões sul da América do Sul, Austrália e Indonésia
  • Seca em partes da África, América do Norte e Ásia
  • Eventos climáticos extremos, como inundações, secas, furacões e tornados.

EFEITOS DA LA-NINA

A La Niña geralmente causa:

  • Diminuição das temperaturas globais
  • Chuvas mais intensas em partes da América do Norte, Ásia e Austrália
  • Seca em partes das regiões sul da América do Sul, África e Indonésia
  • Eventos climáticos extremos, como inundações, secas, furacões e tornados.

CONSEQUÊNCIAS DE UMA TRANSIÇÃO RÁPIDA

Quando um El-Niño forte é seguido por uma La Niña forte, as consequências podem ser intensificadas. Isso ocorre porque os dois fenômenos têm efeitos opostos e, quando eles ocorrem em rápida sucessão, podem causar um impacto maior no clima global. Isso pode causar:

  • Aumento das secas

Uma transição rápida de El-Niño para La Niña pode aumentar o risco de secas em áreas que já estão enfrentando condições secas. Isso ocorre porque a La Niña pode causar temperaturas mais frias e menos chuvas.

  • Aumento das inundações

Uma transição rápida de El-Niño para La Niña também pode aumentar o risco de inundações em áreas que já estão enfrentando condições úmidas. Isso ocorre porque a La Niña pode causar temperaturas mais frias e mais chuvas.

  • Aumento dos eventos climáticos extremos

Uma transição rápida de El-Niño para La Niña também pode aumentar o risco de eventos climáticos extremos, como furacões, tornados e ondas de calor. Isso ocorre porque os dois fenômenos podem causar condições climáticas mais extremas.

As consequências de sair de um El-Nino forte direto para uma La Niña forte podem ser significativas. É importante estar ciente desses riscos e tomar medidas para se proteger.