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ARTIGO TEMPO E CLIMA

CINZEIRO NO CÉU

Recentemente, o país vive um caos com vários focos de queimadas pelo país. Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma crise ambiental significativa devido ao aumento alarmante das queimadas. Em agosto de 2024, o país registrou quase 70 mil focos de incêndio, um aumento de 144% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este é o pior mês de agosto desde 2010.

Concentração de monóxido de carbono nesta terça-feira, 03/09/2024. Fonte: Windy

As queimadas têm afetado diversas regiões do país, com destaque para a Amazônia e o Cerrado, que juntos representam a maior parte dos focos de incêndio. O Mato Grosso lidera o ranking dos estados mais afetados, seguido pelo Pará e Amazonas.

Especialistas apontam que a combinação de fatores climáticos, como a seca prolongada e o fenômeno El Niño, juntamente com a ação humana, tem contribuído para a intensificação dos incêndios. A prática de desmatamento e o uso do fogo para limpeza de terrenos são algumas das principais causas.

O impacto das queimadas vai além da destruição da vegetação. A fumaça resultante dos incêndios tem afetado a qualidade do ar em várias cidades, causando problemas respiratórios na população e aumentando a pressão sobre os sistemas de saúde locais..

A situação exige uma resposta urgente e coordenada das autoridades e da sociedade. Medidas de prevenção, fiscalização e conscientização são essenciais para mitigar os danos e proteger os ecossistemas brasileiros. A preservação do meio ambiente é crucial não apenas para a biodiversidade, mas também para o bem-estar das futuras gerações.

A crise das queimadas no Brasil é um lembrete contundente da necessidade de ações imediatas e eficazes para enfrentar os desafios ambientais que ameaçam o nosso planeta.

CINZEIRO

Céu cinzento no estado do Ceará devido às queimadas. Fonte: Diário do Nordeste

Um dos fenômenos mais visíveis e preocupantes das queimadas é o chamado “cinzeiro no céu”. Este termo se refere à densa camada de fumaça que cobre o céu, tornando-o cinzento e obscurecendo a luz solar. Em algumas regiões, a visibilidade é tão reduzida que parece estar constantemente nublado, mesmo em dias ensolarados.

A fumaça das queimadas contém partículas finas e gases tóxicos que podem viajar grandes distâncias, afetando áreas urbanas e rurais. Além dos problemas respiratórios, a exposição prolongada a essa poluição pode agravar doenças cardiovasculares e pulmonares.

A situação exige uma resposta urgente e coordenada das autoridades e da sociedade. Medidas de prevenção, fiscalização e conscientização são essenciais para mitigar os danos e proteger os ecossistemas brasileiros. A preservação do meio ambiente é crucial não apenas para a biodiversidade, mas também para o bem-estar das futuras gerações.

A crise das queimadas no Brasil é um lembrete contundente da necessidade de ações imediatas e eficazes para enfrentar os desafios ambientais que ameaçam o nosso planeta.

LEITURA COMPLEMENTAR:

https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2024/09/03/com-quase-70-mil-focos-de-queimadas-registrados-brasil-teve-o-pior-mes-de-agosto-desde-2010.html

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/05/02/entenda-por-que-o-brasil-registrou-uma-taxa-inedita-de-queimadas-neste-1o-quadrimestre-do-ano.ghtml

 

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INDÚSTRIA DO GESSO: UMA AMEAÇA À CAATINGA?

No Brasil, a indústria do gesso está destruindo um bioma precioso do nosso país: a Caatinga. A produção depende da queima de madeira, e as empresas estão desmatando cada vez mais, indo cada vez mais longe em busca de lenha. As consequências podem ser irreversíveis e ameaçam transformar o sertão pernambucano em um deserto.

desmatamento e a falta de energias alternativas podem levar ao colapso da maior região produtora de gesso no país. Milhares de toras de madeira alimentam os fornos do polo gesseiro de Pernambuco – o maior do país, a 700 km do Recife. De lá saem 97% da gipsita do Brasil. É a quarta maior reserva do mundo.

Dia e noite, sete dias por semana: 20 mil pessoas dependem direta ou indiretamente do que é produzido pelas 500 mineradoras, calcinadoras, fábricas de pré-moldados. Desde a década de 1960 que a Caatinga está virando carvão. Mas, agora, a natureza parece estar no limite. E as indústrias do gesso se tornaram vítimas do desmatamento que causaram. Com a escassez de árvores, a lenha está vindo cada vez mais de longe.

Devastação na Caatinga

A apreensão de lenha sem comprovação da origem aumentou em 500% em 2023.

O engenheiro florestal Ivan Ighour estudou a devastação na Caatinga no polo gesseiro. Ele comparou imagens de satélites ao longo de dez anos na região.

“A informação que a gente tem com esse estudo é que ao longo do ano se extrai 11 mil campos de futebol aqui da região do Araripe, de forma legal e ilegal.”

diz Ivan Ighour Silva Sá.
Bioma Caatinga: bioma exclusivo do Brasil. Fonte: Researchgate

A vegetação da Caatinga não existe em nenhum outro lugar do mundo. É um bioma que só o Brasil tem. E nem assim ele conseguiu escapar do desmatamento. A natureza paga um preço alto por esta destruição. Com a terra mais seca, sem a cobertura vegetal, o processo de desertificação se agrava.

Segundo levantamento do MapBiomas, restam pouco mais de 57% da vegetação nativa da Caatinga no Nordeste.

Texto retirado e adaptado originalmente de G1 / Fantástico